Hoje é Dia Mundial da Poupança

Ao assinalar-se o Dia Mundial Mundial da Poupança, data que surgiu em 1924, leio no Económico que por cada 10 euros que as famílias ganham, só conseguem poupar 93 cêntimos, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística. Não há forma de melhorar isso nos próximos tempos. Resta então diminuir o consumo. Em 2012 viveremos um tempo de "porquinhos magros" , pouco conseguiremos guardar nos nossos mealheiros. A fama dos porquinhos mealheiros vem de longe, parece que surgiu no séc. XV, tempo em que as pessoas guardavam as poupanças em potes de argila e que esta argila barata se chamava 'pygg'. Mais tarde os oleiros começaram a dar aos potes de argila a forma de porco, pig, em inglês. Os porquinhos mealheiros conquistaram o mundo mesmo se os porcos nada guardam para o futuro - por aí, um animal bem mais indicado seria o esquilo que guarda mantimentos em tocas e troncos, ou então no solo, enterrando-os, para fazer face ao inverno. 
Poupar já teve melhores dias. Antigamente os bens eram, de uma forma geral, mais escassos. Eram mais reutilizados, passavam de pais para filhos, de amigos para amigos. Hoje a sociedade de consumo cria a ilusão nas pessoas que tudo tem necessariamente de estar na moda, tudo tem de ser novo. Qual afinal a utilidade do dinheiro? Não serve ele para gastar? Poupar? Mas o que é isso? O dinheiro é como um rio, tem de circular. Se pára, estagna, consome a alma a quem o tem! Esta parece ser a evidência. A economia clama por esta corrente, a publicidade inflama os nossos sentidos com toda a espécie de sugestões, seduz-nos e o cérebro desliga-se!É fácil alinhar com as modas. O sistema financeiro poderia até ter endeusado a poupança se não tivesse chegado à conslusão que tirava maior lucro instigando o crédito. Mais: um Governo só fala muito de poupança quando ficou sem dinheiro para gastar! Verdade ou mentira?!!
E agora é ver tudo a catar cada cêntimo, até o gordo porquinho mealheiro já foi substituído por um galito de Barcelos num recente anúncio da banca - sim, com micro-poupanças não se consegue encher um porco, resta-nos um magro e esverdeado galináceo, grão a grão enche o galo de Barcelos o papo. Neste momento poupar uma parte dos ganhos para usufruir no futuro não passa de um sonho para muitos portugueses. Mas antes disso já era um hábito esquecido. Atravessamos uma boa fase para reaprender a consumir de forma mais consciente. Infelizmente porque não temos alternativa.




Pssst! Leia também esta postagem para descobrir duas plataformas que permitem a doação de bens apara reutilização, uma forma de poupança que faz bem ao bolso e ao ambiente!

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